caso kiss

Saiba quem são os advogados que representam Mauro Hoffmann

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Dos quatro réus do Caso Kiss, Mauro Londero Hoffmann, ex-sócio da boate, é o mais recluso e o que mais evita contato com a imprensa desde a tragédia, há mais de oito anos. Assim como o cliente, a defesa dele, liderada pelos advogados Mário Cipriani, 49 anos, e Bruno Seligman de Menezes, 40 anos, tem sido reservada dentro do júri. As discussões, que ora interrompem algum depoimento, até agora não envolveram nenhum dos defensores de Hoffmann. De postura discreta, os dois se mantém concentrados em todas as falas a maior parte do tempo, e são vistos fazendo anotações ao longo dos dias de trabalho. 

Performático e dono de bordões, Jean Severo é advogado de Luciano Bonilha

Os dois advogados também estão entre os profissionais que atuam há mais tempo no Caso Kiss: Mário Cipriani foi procurado por Hoffmann em 28 de janeiro de 2013, e, desde então, representa o hoje réu no caso. A defesa respondeu, cada vez mais nos últimos dias, que não fala da vida pessoal do cliente, que hoje mora longe de Santa Maria. 

Cipriani e Seligman são sócios no escritório de advocacia em que trabalham, ao lado de Adriano Puerari. Os dois reúnem outros pontos em comum: fazem doutorado (Cipriani, na Espanha, e Seligman, na Argentina) e são professores de cursos de Direito. Na defesa de Hoffmann, os dois contam com a ajuda de Diego Garcia, que passou a fazer parte da equipe em 2018, ainda estagiário, e desde então acompanha o caso de perto. Hoje, formado, ele é advogado associado ao escritório que fica na Avenida Dores, em Santa Maria. Outros dois futuros advogados, hoje estagiários, dão suporte para a equipe no Caso Kiss: Arthur Nascimento e Matheus Bisognin. Todo moram em Santa Maria. 

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Mas é a dupla de sócios que, até agora, manifesta-se durante o júri. Os dois conduzem os interrogatórios das vítimas e das testemunhas. Costumam tomar pouco tempo dos depoentes, mesmo quando alguns deles fala de quatro a cinco horas.

SELIGMAN

Se no plenário, a seriedade é a marca registrada de Seligman, na rede social, por vezes, o advogado descontrai: fala da área do Direito, bem como sobre futebol no Twitter, quase sempre acerca da dupla Gre-Nal. Também costuma compartilhar publicações de alunos. E, para além das leis e dos tribunais, é poeta e apaixonado pela cultura gaúcha. Assinou a composição Tocaios, junto de Robledo Martins, que levou melhor arranjo na 28ª edição da Tertúlia Musical Nativista, festival tradicional de Santa Maria. Formado na Universidade Franciscana (UFN), é casado e não tem filhos.

CIPRIANI

Cipriani, casado e pai de dois filhos - um casal - é nascido em Santa Bárbara do Sul, mas é em Santa Maria que faz sua trajetória profissional. Embora seja sério durante o trabalho, é conhecido, pelos mais próximos, por ser um homem alegre. Como hobby, toca gaita e violão e leva fama de ser o mais divertido nos encontros fora do trabalho. Longe do escritório e dos tribunais, gosta de se refugiar em um sítio, onde descansa e costuma fotografar as flores e os animais. É professor de Direito Processual Penal nos cursos de Direito da Faculdade de Direito de Santa Maria (Fadisma) e da Antônio Meneghetti Faculdade (AMF). 

Antes da Kiss, outros casos de grande repercussão marcam o currículo dos dois, um deles, a Rodin, que apurou o desvio de valores milionários do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran). 

SOBRE A TESE 
A defesa de Mauro vem dizendo, em contatos anteriores, que o sócio não tomava decisões quanto à boate e pouco frequentava o local. No tribunal, vai tentar provar que ele não tinha envolvimento em questões de gestão do local. Veja abaixo a linha seguida para a tese da defesa do réu, enviada pela assessoria de comunicação: 

"Trabalhamos há quase nove anos nesse processo, atentos a todos os detalhes para que se siga um julgamento essencialmente técnico e propositivo. Acreditamos que, com as provas que foram produzidas ao longo de todo esse tempo, está mais do que demonstrado que Mauro Hoffmann não era administrador da Boate Kiss e não tinha qualquer atuação que lhe afastasse da condição exclusiva de um sócio-investidor. Além disso, é importante pontuar que a acusação por dolo eventual não se sustenta validamente. Foi um arranjo criado pelo Ministério Público, que fiscalizou a boate e autorizou seu funcionamento, assim como os bombeiros e prefeitura municipal, para "tirar" a responsabilidade de si próprio e dos demais órgãos públicos, acusando apenas estes quatro que jamais tiveram intenção de matar alguém. Temos provas irrefutáveis que Mauro Hoffmann era apenas sócio quotista sem poder de decisão ou veto. Além disso, não instalou a espuma e não contratou a banda. A boate era regular e não havia superlotação. Temos a prova. Quem não foi denunciado tem muito mais responsabilidade do que os que foram. Reiteramos que, ao longo de todo esse tempo, nos preparamos com todo o zelo, sensibilidade e conhecimento jurídico que a complexidade desse caso exige. E acreditamos fortemente na Justiça".

QUEM FAZ A DEFESA DE MAURO HOFFMANN

  • Mario Luis Lirio Cipriani, 49 anos
  • Bruno Seligman de Menezes, 40 anos 
  • Diego da Ros Garcia, 26 anos

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